eco.sapo.pteco.sapo.pt - 18 abr. 12:44

Bankinter aposta no consumo e empresas para continuar a crescer em Portugal

Bankinter aposta no consumo e empresas para continuar a crescer em Portugal

Nova CEO do banco espanhol voltou a afastar o interesse no Novobanco. Bankinter quer continuar a crescer em Portugal e aponta a três áreas de negócio: crédito ao consumo, empresas e banca patrimonial.

O Bankinter acredita que vai continuar a crescer em Portugal, apesar da incerteza política com a mudança para um governo sem maioria parlamentar. O banco espanhol voltou a afastar o interesse na aquisição do Novobanco, quer crescer organicamente no mercado português e aponta o foco a três segmentos: crédito às empresas, consumo e banca patrimonial.

“Independentemente da situação política, acreditamos que Portugal tem um enorme potencial de crescimento como vimos até agora. E vai continuar a ser uma história de êxito como tivemos nos últimos anos”, referiu a CEO Gloria Ortíz, na primeira conferência de resultados do banco desde que assumiu funções em março.

Gloria Ortíz foi questionada sobre o tema do Novobanco. E a resposta não fugiu àquilo que foram as declarações da antecessora, María Dolores Dancausa. “Não estamos a planear a comprar o Novobanco. Além disso, é um banco de tamanho enorme. E temos a capacidade crescer organicamente”, respondeu.

“Preferimos o crescimento orgânico porque nos dá mais valor”, disse Ortíz em resposta a uma outra pergunta sobre qual iria ser a estratégia do banco com uma nova liderança. A nova CEO explicou que através de aquisições de outros bancos se corre o risco de “destruir valor”, razão pela qual dá prioridade ao crescimento orgânico. Mas mantém-se atenta ao mercado.

Gloria Ortíz, CEO do Bankinter

“Temos uma equipa de desenvolvimento corporativo que está a analisar as oportunidades de negócio, mas a nossa preferência é o crescimento orgânico que tem resultado nas diferentes geografias”, completou.

Para Portugal, o banco espanhol vai apostar nos segmentos do crédito às empresas e ao consumo e ainda na banca patrimonial para continuar a crescer, acrescentou o diretor financeiro, Jacobo Díaz. “Será esse o foco de Portugal nos próximos três anos”, apontou o responsável.

Em Portugal, onde o Bankinter está presente desde 2016, o resultado antes do pagamento dos impostos foi de 47 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma subida de 9% em termos homólogos. Um desempenho que ajudou o banco espanhol a obter lucros de 200,8 milhões no mesmo período, mais 8,7% do que no primeiro trimestre de 2023.

O Bankinter Portugal viu a carteira de crédito aumentar 20% em termos anuais, atingindo os 10 mil milhões de euros, com o crédito às empresas a disparar 28% para 3,7 mil milhões de euros. Os recursos de clientes subiram 8% para sete mil milhões. Os recursos fora do balanço aumentaram 8% para quatro mil milhões.

Jacobo Díaz garantiu, por outro lado, não estar preocupado com o facto de o banco apresentar um rácio de transformação de 120%. “O crédito está a crescer muito, mas os recursos também estão”, explicou.

Também adiantou que são poucos os pedidos de adesão às medidas de apoio às famílias no crédito da casa.

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