expresso.ptexpresso.pt - 18 abr. 19:43

Ucrânia avisa para risco de “III Guerra Mundial”, NATO reitera urgência de mais defesas antiaéreas: o essencial do 786.º dia de conflito

Ucrânia avisa para risco de “III Guerra Mundial”, NATO reitera urgência de mais defesas antiaéreas: o essencial do 786.º dia de conflito

Se a Ucrânia perder a guerra, existirá uma “III Guerra Mundial”, diz o primeiro-ministro ucraniano. Secretário-geral da NATO reitera, junto dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que a Ucrânia tem “necessidade urgente” de “defesas antiaéreas adicionais”, de preferência Patriot, o sistema mais avançado. Eis um resumo do que se passou nesta quinta-feira

O primeiro-ministro ucraniano considera que haverá uma “III Guerra Mundial” se a Ucrânia perder o conflito com a Rússia. Denys Shmyhal apelou, em declarações à BBC, que o Congresso dos Estados Unidos aprove o apoio há meses bloqueado.

“Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje. Se não protegermos a Ucrânia, a Ucrânia cairá. O sistema de segurança global será destruído e o mundo inteiro terá de encontrar um novo sistema de segurança”, afirmou Shmyhal.

Também os responsáveis da diplomacia dos Estados Unidos e da Ucrânia insistiram na urgência de o Congresso norte-americano desbloquear o pacote de ajuda a Kiev, para permitir ao exército ucraniano defender-se face à intensificação dos ataques da Rússia.

Em declarações na ilha italiana de Capri, que acolhe até sexta-feira uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, voltou a apelar à Câmara dos Representantes, de maioria republicana, que aprove o apoio financeiro à Ucrânia.

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“Neste momento, é urgente que todos os amigos e apoiantes da Ucrânia envidem todos os esforços para continuar a fornecer à Ucrânia aquilo de que necessita para se defender da agressão russa”, disse Blinken.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, também foi convidado a estar no encontro, onde assumiu ter como ponto único na agenda a “defesa aérea” e reforçou que o desbloqueamento do pacote de ajuda norte-americano é crucial para a Ucrânia “lidar com o massacre causado pelos mísseis russos”, garantindo ser “uma questão de vida ou de morte”.

Do lado russo, o porta-voz do Kremlin desvalorizou a possibilidade de aprovação da ajuda. “Não pode de forma alguma influenciar os desenvolvimentos na linha da frente. Não vai mudar nada”, assegurou Dmitry Peskov.

Pier Marco Tacca/ Getty

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Mais notícias que marcaram o dia:

⇒ O secretário-geral da NATO reiterou, junto dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que a Ucrânia tem uma “necessidade urgente e importante de defesas antiaéreas adicionais”, de preferência Patriot, o sistema mais avançado. Jens Stoltenberg reconheceu que, apesar do “apoio militar sem precedentes” prestado pela NATO à Ucrânia desde o início da agressão militar russa, os aliados têm de “fazer mais” e já deviam ter dado “mais cedo” a Kiev o material que há meses as autoridades ucranianas têm reclamado.

Stoltenberg em declarações aos jornalistas em Capri TIZIANA FABI

⇒ O primeiro-ministro reconheceu que Portugal não está entre os países que podem disponibilizar sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia, mas considerou que o apelo de Zelensky “caiu fundo” nos Estados-membros da União Europeia (UE). “Esse apelo caiu fundo em todos os Estados da UE e aqueles que têm maior capacidade anunciaram a sua predisposição de, num futuro próximo, poder reforçar essa mesma capacidade, ajudando a Ucrânia”, disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

⇒ As defesas aéreas russas abateram o que descreveram como cinco balões ucranianos, numa aparente inovação de Kiev no que se tornou uma guerra de desgaste marcada por ataques de longo alcance. Nem o Ministério da Defesa russo nem as autoridades ucranianas forneceram pormenores sobre os balões secretos, que Moscovo e os meios de comunicação social têm reportado no campo de batalha nas últimas semanas.

⇒ A Ucrânia anunciou ter atingido um aeródromo militar russo em Djankoi, na Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo em 2014. “Uma operação bem-sucedida das forças armadas ucranianas no aeródromo militar de Djankoi” resultou na “destruição ou danos graves” de lançadores do sistema S-400, equipamento de radar e um centro de controlo de defesa aérea, segundo os serviços secretos militares ucranianos.

⇒ O Presidente russo apoiou a reeleição do líder da Crimeia, Serguei Axionov, apesar do bem-sucedido ataque perpetrado pela Ucrânia ao aeródromo militar, que demonstrou a fragilidade das defesas da península anexada. “As coisas estão a correr-lhe bem. Bem, nem todas. Mas está a cumprir os principais objetivos. Estou certo de que os habitantes da Crimeia o apoiarão”, declarou Vladimir Putin.

⇒ Os agricultores polacos voltaram a sair às ruas para protestar ao longo da fronteira com a Ucrânia contra a decisão da Comissão Europeia de eliminar os direitos aduaneiros sobre as mercadorias ucranianas, no âmbito da invasão russa. Várias passagens de fronteira, especialmente em Medika e Korczowa, foram bloqueadas para expressar o descontentamento com a situação.

⇒ O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha convocou o embaixador russo em Berlim, depois de as autoridades alemãs terem anunciado a detenção de dois alegados espiões ao serviço do regime russo. O objetivo é pedir explicações sobre o caso em que dois homens, que têm dupla nacionalidade alemã e russa, são suspeitos de planear atos de sabotagem contra o exército norte-americano para apoiar o esforço de guerra russo contra a Ucrânia.

⇒ A Procuradoria-Geral da Polónia anunciou a detenção de um alegado colaborador dos serviços de espionagem russos, supostamente encarregado de recolher informações sobre um possível atentado contra o Presidente ucraniano. Pawel K., cidadão polaco, foi detido num local não especificado na Polónia.

Pode recordar os principais acontecimentos do dia anterior aqui.

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