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Apenas o Registo Civil encerrou no centro de Matosinhos

Apenas o Registo Civil encerrou no centro de Matosinhos

A greve praticamente não está a ter efeitos, em Matosinhos. Tirando algumas escolas e os serviços do Registo Civil, tudo tem estado a funcionar no centro da cidade, onde a maior parte das pessoas nem sequer se apercebeu que é dia de paralisação nacional.

Não fossem as imagens de pais a circular na rua com filhos pela mão em idade escolar e quase pareceria um dia normal no centro da cidade de Matosinhos, onde apenas encerraram alguns estabelecimentos de ensino, por falta de pessoal, e o Registo Civil.

No edifício das Finanças, que costuma funcionar como uma espécie de barómetro da adesão a greves da Administração Pública, um papel colocado na porta avisa os cidadãos que devido à greve nacional apenas aceitam pré-marcações. No entanto, ainda assim, estão a decorrer atendimentos sem marcação, conforme vai avisando uma funcionária das Finanças. "Não sei se vai ser atendido, mas aguarde. É a única coisa que posso dizer".

Abílio Pinto é uma dessas pessoas que optou por esperar. "Preciso de documentos para me candidatar a uma habitação social. Já fui à Segurança Social e consegui uma senha para ser atendido. Mas, como demora, vim entretanto às Finanças tentar tratar do resto", refere, desconhecendo sequer que se trata de um dia de greve nacional.

Aliás, no edifício das Finanças, apenas no segundo piso estão encerradas as portas do Registo Civil, o que surpreendeu Vanessa Costa. "Vim de propósito levantar o meu cartão de cidadão. Preciso dele para ontem. Tenho que comprar um bilhete de avião para ir a Paris. Não sabia da greve. Pensei que resolvia tudo em cinco minutos e agora vou chegar atrasada ao trabalho e sem cartão de cidadão", lamenta, admitindo já estar um pouco aborrecida com as greves: "As pessoas têm esse direito mas deviam de pensar como podem protestar sem afetar tanto as outras pessoas".

Já no quarto piso, o atendimento do Registo Predial decorre sem sobressaltos. "Ainda bem. Tinha um assunto urgente para resolver e consegui resolver tudo sem me atrasar para o trabalho", sublinha Maria Inácio, mostrando-se compreensiva com a greve, apesar de desconhecer os motivos. "Acho que cada um deve lutar pelas suas causas. Estamos de uma maneira demasiado má. Imagino que sintam que não exista funcionários suficientes, por exemplo".

Com o centro de saúde a funcionar com normalidade e a loja do munícipe também, no centro da cidade de Matosinhos nem os transportes públicos fazem lembrar que se trata de um dia de greve.

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