José Cabrita Saraiva - 29 nov. 07:00
O meu regime é melhor do que o teu
O meu regime é melhor do que o teu
O Campeonato do Mundo não é a competição entre quem tem o melhor regime, a cultura mais tolerante ou a democracia mais perfeita. É uma competição desportiva disputada dentro das quatro linhas, em que durante 90 minutos uma equipa tenta jogar melhor e marcar mais golos do que o adversário.
Este Campeonato do Mundo do Qatar tem sido marcado por situações que nada têm que ver com o futebol. Logo no segundo desafio da prova, entre a Inglaterra e o Irão, os jogadores ingleses colocaram o joelho no chão, um gesto contra o racismo que evoca a morte de George Floyd às mãos de um polícia.
Depois, foi a vez de os alemães, antes do jogo contra o Japão, colocarem a mão a tapar a boca, o que, veio depois a saber-se, era um protesto contra o facto de a FIFA não lhes ter permitido usar braçadeiras a apoiar o movimento LGBT.
Já vimos vários países a tentarem exportar o seu modelo para outras latitudes, com resultados desastrosos. Só nos faltava agora os jogadores virem dar lições e fazer comícios para os relvados.