expresso.pt - 19 set. 12:10
Privados podem ficar sem vacinas contra a gripe
Privados podem ficar sem vacinas contra a gripe
Farmácias temem não ter doses para dar resposta a todos os pedidos. Reservas são já cinco vezes mais do que as registadas no ano passado
Os próximos meses vão ser os primeiros de sempre com a circulação simultânea de dois vírus potencialmente perigosos para a população mais debilitada, a gripe e o coronavírus pandémico, e a procura de vacinas a título particular, pela população ou por empresas, está a atingir níveis recorde. Há casos de farmácias onde os pedidos de reserva são já cinco vezes superiores aos registados no ano passado.
A pandemia está a assustar a população e há muitos portugueses e empresas que querem proteger-se mesmo sem fazer parte de um grupo de risco. Noutros casos, são pessoas vulneráveis e com direito à imunização gratuita no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que optam por tentar comprar a vacina face à dificuldade em contactar as unidades públicas.
A corrida privada às vacinas foi revelada ao “Jornal de Notícias” por vários responsáveis de farmácias, que dão ainda conta de problemas no abastecimento de um medicamento para reforçar o sistema imunitário e que está permanentemente em falta. Neste que será o outono/inverno mais crítico, as farmácias vão receber 500 mil doses, cerca de 100 mil a menos do que na última campanha de vacinação.
No SNS, a Direção-Geral da Saúde decidiu avançar com a imunização no dia 28, duas semanas antes do calendário habitual nos últimos anos, e dar prioridade aos grupos com necessidade de proteção acrescida o quanto antes: idosos residentes em lares ou em unidades de cuidados continuados, grávidas, profissionais de saúde e elementos de estabelecimentos do sector social que também prestam cuidados clínicos. No total, estão previstas dois milhões de doses, 350 disponíveis nesta fase inicial.