www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 19 set. 08:10

CIN Megadur investe para ter tintas “bem à primeira”

CIN Megadur investe para ter tintas “bem à primeira”

Unidade do grupo da Maia aprimorou produção, num investimento de 100 mil euros, e ganhos alcançados culminaram com mais vendas.

A CIN Megadur, unidade fabril de produção de tintas em pó, investiu num projeto de melhoria da eficiência e qualidade produtiva e, em 15 meses, conseguiu que 90% dos produtos estivessem “bem à primeira”. Com o processo, que implicou o comprometimento de todos os 82 colaboradores da empresa, a fábrica da Maia garantiu melhorias de qualidade, incrementos de rentabilidade e uma melhor adequação do serviço ao cliente. Em simultâneo, as vendas da empresa também cresceram.

Esta unidade do grupo CIN, que produz tintas para proteção e acabamento de metais para indústrias de componentes de automóveis, mobiliário, metalurgia, embalagens, entre outras, verificou, em 2015, que o seu grau de eficiência no indicador “bem à primeira” estava abaixo dos 50% quando congéneres a nível internacional apresentavam índices da ordem dos 74%. Detetada a ineficiência, com todos os custos inerentes, nomeadamente as necessárias paragens de produção para corrigir erros, foi colocado em marcha um plano interno de melhoria. Como adianta José Carlos Lopes, diretor industrial da CIN Megadur, foi necessário “estancar a hemorragia”, que se verificava logo na primeira fase da produção com a introdução da cor na tinta. Em 2018, a unidade já respondia por um grau de assertividade de 77%. Mas não se ficou por aqui.

Já em 2019 contratou os serviços do Kaizen Institute Portugal e pôs em marcha um projeto para reforçar os níveis de qualidade e eficiência na produção. Ao fim de 15 meses, a CIN Megadur conseguiu que em 90% dos fabricos não fosse executada nenhuma correção ao produto. Segundo José Carlos Lopes, todos os objetivos do projeto foram atingidos: aumento de 20% na eficiência; redução de 40% nas paragens para controlo de qualidade; diminuição de 64% nos tempos de mudança entre fabricos; redução de 51% na produção que não estava de acordo com as especificações e um maior envolvimento e motivação dos trabalhadores.

O projeto implicou um investimento de 100 mil euros, com retorno estimado num prazo de seis meses. Segundo Nuno Beleza, do Kaizen Institute, o benefício anual é da ordem dos 360 mil euros, sendo que a introdução dos novos processos permitiu libertar 897 mil euros de cash flow. Por sua vez, Marcos Castro, diretor de marketing do grupo CIN, lembra que, em 2015, o volume de vendas da CIN Megadur foi de 25 milhões de euros e, em 2018, registou um crescimento de 35% face a 2015. No ano passado, o aumento foi de 11% em relação a 2018.

Tintas e TVI

A CIN, líder em Portugal e Espanha no mercado da construção civil, tem estado nas últimas semanas nas bocas do mundo, depois de João Serrenho, presidente do grupo, ter avançado para a compra de 5% da Media Capital, dona da TVI. Para já, pouco se sabe desta intenção de investimento, nomeadamente porque o negócio ainda não foi concretizado. Segundo afirmou recentemente, é “uma oportunidade, com uma empresa de media que está mal e que quer vender” e que a CIN “aproveita na expectativa de poder ser um bom negócio”.

O grupo CIN, que emprega 1400 trabalhadores, tem presença industrial em Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique.

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