expresso.pt - 26 mai. 12:57
“Ó o lixo, ó o lixo, Escória! Lixo! Ratos! Ratazanas! Bolsonaro até 2050!”, gritam os apoiantes de Jair Messias contra o 4.º poder
“Ó o lixo, ó o lixo, Escória! Lixo! Ratos! Ratazanas! Bolsonaro até 2050!”, gritam os apoiantes de Jair Messias contra o 4.º poder
O governo de Jair Bolsonaro “não tem postura de Estado, contenção, pudor”, diz ao Expresso Renato Lessa, catedrático de Filosofia Política brasileiro. A seu ver, “o Brasil está a caminho de uma ditadura de extrema-direita, desregulada, que não tem uma ideia para o país e só quer destruir o esforço civilizador feito desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso”
A manutenção do regime democrático no Brasil está nas mãos dos militares. Parece contraditório mas é assim: “Com a entrada maciça e progressiva dos militares no Governo de Bolsonaro, havia uma expectativa de que eles iriam exercer um efeito de moderação. Hoje, vemos com clareza que a contaminação aconteceu na direção contrária, e foi Bolsonaro quem acabou por radicalizar os militares, tornando-os parceiros do processo de degradação da democracia no Brasil”, diz ao Expresso, Renato Lessa, catedrático de Filosofia Política na Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e ex-diretor da Biblioteca Nacional do Brasil.
O Presidente “declarou que quer ‘armar o povo’ e as suas milícias já começam a agir, sob a complacência dos militares e das forças policiais, histórica e maciçamente adeptas da extrema-direita”.
Paradoxo dos paradoxos, a imprensa “que apoiou o golpe militar de 1964” é o último alvo dos ataques de Bolsonaro e dos seus apoiantes. Segunda-feira, 25 de maio, é um dia que fica na história mundial dos ataques à liberdade de imprensa. Entre os títulos mais visados estão jornais como a “Folha de São Paulo” ou “O Globo”.