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'Contact centers’ preparam regresso a escritórios mas mantêm teletrabalho

'Contact centers’ preparam regresso a escritórios mas mantêm teletrabalho

Num ‘webinar’ promovido pela Associação Portuguesa de Contact Centers, vários responsáveis do setor detalharam os planos para o regresso.

Os ‘contact centers’ estão já a trabalhar em planos para fazer regressar os trabalhadores aos escritórios, mas garantem que em vários casos o teletrabalho vai manter-se, estando a analisar que colaboradores irão manter o regime.

Num ‘webinar’ promovido pela Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC), com a colaboração da Talkdesk, vários responsáveis do setor detalharam os planos para o regresso, depois de uma migração forçada pela pandemia de covid-19, e que deverá acontecer em 01 de junho, reconhecendo que manter o teletrabalho pode ser uma vantagem, mas também um desafio.

O presidente da RHmais, Rui Henriques, lembrou que nem sempre é fácil manter uma equipa em casa e alertou para que, “além do esforço que estas empresas vão fazer na adaptação dos processos de coordenação e supervisão”, há o risco da “diluição do sentimento de pertença” e dos valores da equipa, bem como o aumento de problemas com a supervisão.

O responsável avisou também que existem “acordos de proteção de dados” que serão mais difíceis de garantir em casa, como por exemplo ter acesso a uma ficha de cliente.

Rui Henriques apelou ainda a uma espécie de novo código do trabalho, que enquadre o teletrabalho, e a uma “certificação” do assistente que trabalha remotamente, mostrando que tem condições e capacidade para o fazer.

Já a vice-presidente das operações em Portugal da Teleperformance, Ana Coelho, deu conta dos esforços da empresa na preparação do regresso.

“Contamos ter no início 20% de ocupação”, referiu, realçando a aposta nas condições de segurança para os trabalhadores, com maior desinfeção, equipamentos de proteção e o uso continuado da mesma estação de trabalho.

Ainda assim, o grupo quer manter o teletrabalho, que “faz parte de um cenário de continuidade de negócio dos clientes”, destacando o papel deste regime no recrutamento de talento.

O diretor executivo da Randstad, Pedro Empis, acredita que “há desafios grandes ao nível de custos e legislação” no regresso às empresas.

O responsável garantiu que neste momento o grupo está a avaliar a vontade dos trabalhadores em ficar em casa, salientando que antes da pandemia de covid-19 já contava com pessoas em teletrabalho.

Ainda assim, para Pedro Empis, os funcionários deverão dar provas de que conseguem manter-se neste regime, sendo que a empresa vai avaliar quem se adaptou melhor.

No caso da Webhelp, uma empresa multilingue, o teletrabalho “vai aumentar no futuro”, garantiu o presidente da empresa, Carlos Moreira.

“Hoje continuamos a recrutar e a formar de forma virtual. Além disso, aumentamos os conteúdos ao nível de ‘e-learning’”, assegurou.

As empresas participantes realçaram ainda a rapidez com que conseguiram implementar o teletrabalho para a maioria dos funcionários.

No caso da Teleperformance, com mais de 10 mil funcionários, isto representou um investimento de cerca de 2,6 milhões de euros, indicou Ana Coelho.

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