expresso.pt - 22 abr. 09:33
Eleições presidenciais na Macedónia do Norte vão ter segunda volta
Eleições presidenciais na Macedónia do Norte vão ter segunda volta
Segundo a comissão eleitoral, citada pela Agência France Presse, votaram pouco menos de 1,8 milhões de eleitores, o que representa cerca de 40% dos eleitores, a taxa mais baixa desde a independência da ex-república jugoslava, em 1991
Os candidatos da direita e da esquerda às eleições presidenciais da República da Macedónia do Norte vão enfrentar-se numa segunda volta, em 5 de maio, depois de uma primeira volta este domingo com uma participação historicamente baixa.
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Com cerca de 80% dos votos contados, Stevo Pendarovski, de 56 anos, apoiado pelos social-democratas no poder (SDMS), e a candidata de oposição da direita Gordana Siljanovska-Davkova, de 62 anos, obtiveram votações muito próximas (42,55% e 41,93%, respetivamente).
No entanto, não é certo que um deles seja eleito na segunda volta, já que é necessário que a taxa de participação ultrapasse os 40% para que o escrutínio seja validado.
A nova designação da Macedónia, após a alteração do seu nome oficial para República da Macedónia do Norte, tornou-se no tema central das eleições presidenciais que decorreram este domingo.
A Macedónia do Norte e a Grécia alcançaram um acordo em 2018 para terminar com quase três décadas de contencioso sobre o nome da Macedónia.
O Presidente eleito, com funções essencialmente protocolares, será o quinto desde a proclamação da independência da Macedónia do Norte em 1991, em plena desagregação da Jugoslávia federal.
O primeiro chefe de Estado foi Kiro Gligorov, entre 1991 e 1999; seguiram-se Boris Trajkovski (1999 a 2004), Branko Crvenkovski (2004 a 2009), e o atual titular, Gjorge Ivanov.
Os resultados deverão constituir uma indicação sobre a disposição política da população na sequência do Acordo de Prespes sobre a alteração do nome, e muito contestado nos dois pa��ses.
O atual Presidente foi o principal opositor deste acordo, tendo-se inclusive negado a assiná-lo, numa posição idêntica quando lhe foi apresentada a lei que permitiu o albanês como segunda língua oficial do país. Por fim, o acordo acabou por ser legitimado pelos parlamentos dos dois países.
O Presidente do país é comandante em chefe das Forças Armadas, fornece o mandato para a formação de um novo governo, assina leis e acordos internacionais e designa embaixadores.