rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 19 abr. 18:36

Comunidade Islâmica de Lisboa apoia construção de mesquita na Mouraria

Comunidade Islâmica de Lisboa apoia construção de mesquita na Mouraria

Mahomed Iqbal assegurou que a comunidade islâmica "está totalmente sujeita à lei portuguesa, sem qualquer interesse, vontade ou insistência de tentar implementar uma lei que gera a religião muçulmana".

O presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) apoiou esta sexta-feira a construção de uma mesquita na Mouraria, acreditando que vai "criar união" entre os crentes de origem do Bangladesh, que se têm dividido em vários locais de culto informais.

"Concordamos com a existência de uma mesquita no Martim Moniz [zona também designada de Mouraria], porque neste momento existem três sítios de culto nessa área e isso cria algum tipo de dificuldade específica em termos de unificar a comunidade, os membros da religião muçulmana, especificamente", afirmou o presidente da CIL,

Além disso, acrescentou, a comunidade islâmica considera-se parte integrante da comunidade portuguesa e vê a segurança como "primordial", sendo a primeira a alertar as autoridades quando há desconfiança.

"Nós temos tanto medo como qualquer outra pessoa [...]. Quando desconfiamos, fazemos tudo o que seja humanamente possível para que a paz seja estabelecida", apontou o presidente da CIL.

Também o vice-presidente da CIL sublinhou: "Um terrorista pode ser eventualmente um muçulmano, mas um muçulmano não é de todo um terrorista".

Em relação à falta de condições estruturais dos atuais locais de culto na Mouraria, sem capacidade para acolher todos os crentes, o que pode constituir um "perigo", a CIL defendeu que essa é "uma preocupação comum", adiantando que mesmo na mesquita central de Lisboa tem de ser construída uma saída de emergência na sala de culto.

Mahomed Iqbal disse ainda que houve "uma alteração profunda da composição de muçulmanos em Portugal", que começou por ter origem na Guiné-Bissau e na África Ocidental, cresceu com pessoas vindas de Marrocos, Tunísia, Argélia e Egito e "aumentou tremendamente nos últimos cinco anos e recentemente com as pessoas oriundas do Bangladesh, Paquistão e Índia".

"Tentamos fazer com as pessoas aprendam português o mais rápido possível", para se integrarem no país, indicou, acrescentando que a comunidade islâmica representa "menos de 1% da população portuguesa, mesmo com a nova vaga de imigração".

O presidente da CIL revelou também que "há muitas pessoas que querem se converter ao Islão", ressalvando que não é porque a comunidade "procura deliberadamente" que isso aconteça, até porque "pergunta três vezes, se as pessoas têm a certeza absoluta".

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