observador.ptobservador.pt - 1 abr. 12:36

Movimento "Casa Para Viver" sai à rua este sábado em protesto pela habitação

Movimento "Casa Para Viver" sai à rua este sábado em protesto pela habitação

Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro, Viseu e Setúbal são as cidades que se aliaram ao movimento "Casa Para Viver". Porta-voz da Habita! espera grande adesão e acusa Governo de fazer "jogo político".

Várias manifestações em vários pontos do país estão marcadas para este sábado, tendo como ponto de ordem o direito à Habitação. Sete cidades — Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro, Viseu e Setúbal — aliaram-se ao protesto, que decorre sob o lema “Casa Para Viver”.

A organização está a cargo de várias organizações, incluindo associações pelo direito habitacional, como Associação de Inquilinos Lisbonenses, a “Habita!”. “Stop Despejos”, “Porta a Porta”, bem como grupos cívicos, ecologistas e ambientais, e associações pelos direitos laborais e das minorias.

Em declarações ao Observador, Rita Silva, porta-voz da “Habita!”, disse estar à espera de uma grande adesão. “As pessoas estão muito desiludidas, não acreditam naquilo que é o pacote de medidas do Governo, estão exaustas, e pararam de ficar em casa a viver os seus problemas isoladamente”

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A regulação dos preços das rendas, a suspensão dos despejos e o fim da especulação imobiliária são algumas das principais reivindicações do protesto, que está marcado para as 15h00 deste sábado. O movimento acusa o Governo de não tomar “medidas a sério” e de “ceder” aos interesses do imobiliário com o pacote de medidas para a habitação anunciado pelo executivo.

“O que vimos com a discussão da medida do arrendamento coercivo foi um jogo político do Governo”, considerou Rita Silva, que acusa o executivo de saber de antemão que as medidas anunciadas iriam ser rejeitadas pelos “setores liberais e neo-liberais, [que] não cedem nem um mil��metro”, e descreve o pacote como focado sobretudo em atribuir “isenções fiscais ao imobiliário, para o tentar convencer a meter mais casas no mercado com a ilusão de que se vai baixar os preços por causa disso”.

A porta-voz da Habita! referiu mesmo não acreditar que as medidas sigam em frente, e apontou críticas à reação do Presidente da República, defendendo que “o que está referido na Constituição é o direito à Habitação, e não o direito à propriedade”.

Arrendamento forçado, alojamento local e incentivos fiscais. Com que medidas vai, afinal, avançar o pacote Mais Habitação

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