jornaleconomico.ptPalavra de Viajante Safaa Dib - 1 abr. 11:07

IA, o futuro está à porta | O Jornal Económico

IA, o futuro está à porta | O Jornal Económico

Se estes modelos de linguagem continuarem a este ritmo vertiginoso de evolução, não vão ser apenas os reguladores a ter dificuldades em acompanhar.

O ChatGPT veio para ficar. A tecnologia desenvolvida pela empresa OpenAI já está a ser utilizada diariamente por milhões que recorrem a ela por motivos recreativos ou de trabalho.

Estes novos modelos de linguagem mais avançados têm a capacidade de progredir e melhorar todos os meses. Não é preciso ser um leitor de ficção científica para intuir alguns possíveis cenários negativos que se abrem no horizonte, em especial no mercado laboral. E não, esta não é uma crónica a advertir para os perigos da Inteligência Artificial (IA), mas adverte para os perigos da IA nas mãos de humanos sem escrúpulos.

O ritmo de progressão desta tecnologia é tão estonteante que até o CEO da OpenAI, Sam Altman, está preocupado. Ao ponto de ter afirmado recentemente: “Há muitas pessoas que não irão colocar limites de segurança como nós”. E depois lança o aviso: “Penso que a sociedade tem um tempo limitado para descobrir como reagir, como regular e como lidar [com a IA].

Quatro meses depois do lançamento da primeira versão, a nova versão do ChatGPT já levou empresas a tentarem perceber como podem aproveitar ao máximo os recursos da AI. Os maus exemplos não tardaram muito em aparecer. É o caso da marca Levi’s que lançou um comunicado a indicar uma parceria com uma empresa de IA como forma de aumentar a diversidade entre as suas modelos.

Mas muitas questões ficaram por responder: quantas modelos reais serão afetadas por catálogos que irão usar modelos digitais geradas por esta nova tecnologia? De que forma isto torna a empresa mais diversa e inclusiva se implica reduzir custos e contratar menos trabalhadores – menos modelos, menos fotógrafos, menos produtores, menos cabeleireiros e maquilhadores?

E depois observamos situações ridículas como aquela em que o novo dono do Twitter, Elon Musk, usa os avanços nesta área para transformar a Inteligência Artificial num papão que irá permitir mais desinformação.

O futuro está aqui, à nossa porta, e temos pouco tempo para começar a dar algumas garantias, como assegurar que as pessoas são sempre informadas de quando o trabalho, imagens ou vídeos são gerados por IA. E precisamos de encontrar novos termos e definições que protejam o trabalho humano, mesmo quando, ironicamente, são os próprios humanos a transformar-se nos seus piores inimigos no mau uso da tecnologia.

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