observador.ptObservador - 31 mar. 01:16

De mal a pior

De mal a pior

As provas da falta de planeamento e da própria arbitrariedade do primeiro-ministro e da sua «troupe» de colaboradores empenhados em desbaratar o dinheiro dos contribuintes repetem-se quase dia-a-dia.

Notoriamente, desde que obteve uma falsa «maioria absoluta» com pouco mais de 40% dos votantes sem falar da abstenção, António Costa não só perdeu o controle dos últimos acontecimentos – guerra na Europa, desvalorização da grande maioria dos bens e, finalmente, a ameaça de ruptura da banca mundial – como tem vindo de mal a pior sem qualquer esperança de alteração a curto ou sequer a médio ou mesmo a longo prazo. Está visto que o dinheiro dado sem troca não medra nem ao fim de quase 40 anos da UE!

Os próprios biliões de euros distribuídos sem contrapartida nem garantia pelo Conselho Europeu aos países atrasados, por conseguinte pobres para as suas pretensões, fizeram com que Portugal e os outros retardatários tenham vindo por aí abaixo desde a educação aos transportes, assim como às diferentes actividades profissionais a respeito das quais o governo tão depressa geme a com a falta de habitação como da falta de mão-de-obra ou vice-versa. Restam-lhe, mesquinhamente, os euros provenientes do resto da Europa para comprar os ingredientes indispensáveis à nossa vida!

Assim sendo, como demonstram caricaturalmente os azares sucessivos da Marinha portuguesa ao tirar o pé às pretensões eleitorais do seu comandante máximo, podemos crer que as eleições para o Parlamento Europeu, que terão lugar daqui a ano e meio, já poderão então reflectir algumas das questões que se levantaram desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, reforçando a «europeização» dos antigos países de Leste ao contrário das posições defensivas e retardatárias dos países da Europa do Sul como Portugal. Tudo leva a crer, pois, que o «centro» da UE se moverá cada vez mais para Norte e para Leste, alguns países dos quais já ultrapassaram o grau de inserção política e do crescimento económico de países do Sul como Portugal.

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