observador.ptObservador - 28 nov. 00:12

Uma visão estratégica para o desenvolvimento da educação: Quatro prioridades para a educação pré-primária, básica e secundária

Uma visão estratégica para o desenvolvimento da educação: Quatro prioridades para a educação pré-primária, básica e secundária

Propõe-se a modernização na formulação e discussão das políticas sociais baseadas num sistema simples e transparente, acompanhando os avanços académicos e práticos, base da monitorização das políticas

A educação pode aumentar o capital humano e a produtividade do trabalho, o que permite às economias transitarem para um maior nível de produção. Segundo, a educação pode aumentar a capacidade de inovação, o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e processos o que promove o crescimento. Terceiro, a educação pode facilitar a difusão e transmissão do conhecimento necessário para compreender e processar a nova informação e para implementar com sucesso novas tecnologias inventadas por outros, o que também promove o crescimento económico. De facto, à evidência direta de que os países que melhoraram os seus níveis cognitivos experimentaram um aumento das taxas de crescimento do PIB. Portugal e a sua “época de ouro” do crescimento são um caso, como o são os países apelidados de “tigres asiáticos”.

De uma forma mais quantificada, Barro e Lee estimaram que um aumento de um desvio padrão nos resultados dos testes internacionais de ciências provoca um aumento em 1 ponto percentual na taxa de crescimento do PIB, e que um aumento semelhante no número de anos de escolaridade apenas provoca um aumento de 0,2 pontos percentuais na taxa de crescimento do PIB. Este resultado, para além de muitos outros trabalhos que chegaram ao mesmo, prova que tanto a qualidade como a quantidade de educação são importantes para o crescimento económico, mas a qualidade é muito mais importante, e sobretudo para os países no estádio de desenvolvimento como Portugal. Este é um fator que é pouco evidenciado nas políticas educacionais portuguesas.

E não é apenas o crescimento que é afetado, mas também a equidade e inclusão. Ter uma série de bons professoresem vez de professores médios, durante 4 a 5 anos, leva a colmatar a diferença nos resultados académicos que separam os alunos de uma classe de rendimentos elevada de uma baixa.

É uma grande responsabilidade do Estado proporcionar à nossa juventude a possibilidade de adquirirem as capacitações cognitivas avançadas, socio-emocionais, técnicas e digitais, necessárias para enfrentarem os desafios de hoje e amanhã.

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