Observador - 5 jul. 00:21
Preparados para pior, esperando o melhor
Preparados para pior, esperando o melhor
O Governo decide não decidindo, parecendo viciado em desfazer e distribuir dinheiro. Neste ambiente as nuvens no horizonte anunciam uma crise.
Tem acesso livre a todos os artigos do Observador por ser nosso assinante.
Os dados são cada vez mais preocupantes. Tudo indica que caminhamos para uma recessão e quem se iludir com as extraordinárias taxas de crescimento e de emprego da economia portuguesa não se está a preparar para o pior. A Alemanha ficou sem excedente externo e registou o seu primeiro défice comercial externo em três décadas – as importações valeram mais do que as exportações – e, como se pode ler aqui, os empresários alemães têm vários fogos para apagar: a escassez de recursos humanos e subida de preços da energia e das matérias para produzir, por causa da ruptura dos canais de distribuição que veio com a pandemia e que a guerra agravou. Tudo problemas que aqui também se enfrentam.
O chanceler Olaf Scholz, após uma reunião com sindicatos, grupos empresariais e economistas, avisou que há uma crise no horizonte e o presidente da Confederação Alemã de Empregadores, Rainer Dulger, alertou para a crise que se aproxima, que pode ser a mais grave desde a reunificação alemã. Neste momento já há bancos a anteciparem que a economia alemã vai entrar em recessão este ano. E isto sem sabermos como vai ser o Inverno, se a Rússia vai, ou não, cortar o gás à Europa e especialmente à Alemanha.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.