www.publico.ptpublico@publico.pt - 4 jul. 11:34

Consolidar a oferta “omnichannel ”em Portugal

Consolidar a oferta “omnichannel ”em Portugal

O objetivo de se ter uma abordagem omnichannel é claro: potenciar o alcance da oferta de valor, usando múltiplas vias de acesso dos clientes aos produtos, proporcionando-lhes assim o uso de diferentes canais, de forma coerente e harmoniosa.

Não é novidade para ninguém que o retalho utiliza expressões que são praticamente exclusivas do setor, o que muitas vezes coloca os atores da Indústria a falar uma linguagem muito própria e quase exclusiva. É o on-trade/off-trade e o horeca; o churn e os detractors e promoters; o click & collect, e o home delivery; o omnichannel e o multichannel… Entre tantos outro…

Falar de omnichannel, porém, é já tão comum que ninguém questiona a abrangência do tema, mesmo quando há diferentes perspetivas sobre o assunto e existam interpretações distintas sobre o que significa efetivamente: ter uma abordagem omnichannel visa a expansão do conceito de retalho, usando múltiplas vias de acesso dos clientes aos produtos, proporcionando-lhes assim o uso de diferentes canais, de forma articulada, numa única transação.

O que ninguém contesta, porém, é que os consumidores compram e vão cada vez mais comprar através de diferentes canais. O estudo Future Consumer Index da EY mostra que na Europa (junho 2022) a preferência de canais de compra em Eletrónica de Consumo é de 50% para o on-line, 24% para o off-line e 26% numa combinação de canais. Já para frescos, estas percentagens situaram-se nos 15, 74 e 12% respetivamente.

A omnicanalidade envolve a gestão sinérgica das várias opções de canais disponíveis e de pontos de contacto com o cliente (1), de forma que a otimizar: quer a experiência do cliente ao longo dos canais, quer a performance dos canais do ponto de vista da empresa. Complementarmente, assume-se que neste tipo de abordagem, os canais se podem usar de forma intercambiável e harmoniosamente, proporcionando ao cliente uma customer journey suave, sem sobressaltos e sem que haja impacto da possível transição entre canais ao longo da jornada. Portanto conhecer as dificuldades inerentes a esta abordagem é fundamental para que a empresa compreenda até onde pode ir, e a que ritmos pode assumir essa omnicanalidade, respondendo às idiossincrasias do seu negócio e entendendo qual o alcance da sua abordagem omnichannel.

E foi a pensar numa forma de ajudar as empresas a melhor compreenderem as diferentes vertentes da sua omnicanalidade, e para avaliar onde é que a sua prestação pode melhorar, que a EY e a Católica Porto Business School, com o apoio da APED, se aliaram para desenvolver o Omnichannel Maturity Index (ou Índice de Maturidade Omnicanal). O índice é dirigido a todos os atores desta indústria, para que possam conhecer o estado de desenvolvimento do Omnichannel português e serem mais competitivos através de insights únicos e referências de benchmark.

Todas as empresas de retalho, e outros atores como os de venda direct-to-consumer, como elementos cruciais neste ecossistema, são, portanto, parte interessada nos resultados da produção deste indicador. Para poder ter acesso à forma como as experiências omnicanal estão a transformar o retalho, pode participar, respondendo aqui ao Inquérito Omnichannel Maturity Index2. Os resultados agregados, recolhidos todos os semestres, serão trabalhados pela CPBS e EY, transformados em insights valiosos para as empresas de forma a fomentar a sua capacidade competitiva.

(1) Exemplos de canais podem ser considerados websites, apps, lojas físicas, redes sociais, e-mail, Messenger e muitos outros.

A autora escreve segundo o Acordo Ortográfico de 1990

NewsItem [
pubDate=2022-07-04 12:34:22.0
, url=https://www.publico.pt/2022/07/04/opiniao/opiniao/consolidar-oferta-omnichannel-portugal-2012392
, host=www.publico.pt
, wordCount=530
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2022_07_04_219056995_consolidar-a-oferta-omnichannel-em-portugal
, topics=[opinião]
, sections=[opiniao]
, score=0.000000]