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Moreira da Silva promete “não ser líder de facção”

Moreira da Silva promete “não ser líder de facção”

No discurso no 40.º congresso do PSD, Jorge Moreira da Silva explicou a recusa do convite de Luís Montenegro para assumir funções directivas no partido.

O candidato derrotado por Montenegro nas últimas directas do Partido Social Democrata chegou ao palco do 40.º congresso do PSD para prometer ao novo líder ajudar a construir “todas as condições de unidade e estabilidade que são essenciais para o cumprimento do seu mandato”.

Mas “unidade não pode significar unanimismo, pensamento único, cinismo. Para isso não estou disponível”, disse Jorge Moreira da Silva.

Depois revelou ter sido convidado por Montenegro para assumir funções directivas, porém explicou ter recusado por considerar que tal seria contraproducente. “Não encabeçarei, como é habitual, qualquer lista própria ao conselho nacional nem patrocinarei” outras listas, acrescentou para rematar: “Não sou líder de facção.”

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O candidato derrotado por Montenegro nas últimas directas chegou ao palco do congresso para prometer ao novo líder ajudar a construir “todas as condições de unidade e estabilidade que são essenciais para o cumprimento do seu mandato”. Mas “unidade não pode significar unanimismo, pensamento único, cinismo. Para isso não estou disponível”, disse.

Tiago Lopes

Moreira da Silva prometeu ainda “disponibilidade e empenho para, como militante de base, dar contributo nas reflexões, discussões” que o partido fará doravante.

Já depois de ter sido interrompido por Mota Pinto, que lhe pediu para apressar o discurso, e de lhe ter pedido uma tolerância especial, o antigo dirigente da OCDE defendeu que no meio da actual crise “não nos podemos limitar a esperar, temos de ser mais do que oposição, temos de ser a alternativa de esperança que Portugal merece”.

Garantiu também trabalhar para construir o necessário “espírito de unidade, compromisso para o qual todos temos obrigação de contribuir”.

Antes, havia elogiado o “comportamento importante como estadista” desempenhado por Rui Rio, assim como o “discurso marcante” que Montenegro proferiu esta sexta-feira.

Moreira da Silva aproveitou ainda para deixar duras críticas a um Governo “capturado pelos interesses pessoais dos seus membros” e que se comporta como um mero “Governo de gestão”.

“O PSD tem de estar à altura da sua responsabilidade histórica. Nunca falhámos a Portugal. Foi sempre o PSD a recuperar Portugal”, atirou.

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