rr.sapo.ptOpinião de Ribeiro Cristovão - 6 dez. 06:21

As grandes lições do Estádio da Luz

As grandes lições do Estádio da Luz

Uma vitória dilatada e justa, perfeitamente adequada àquilo a que se assistiu ao longo de 90 minutos.

Na última sexta-feira, no Estádio da Luz, aconteceu tudo ao contrário daquilo que se previa.

O factor casa não foi decisivo, as ausências de peso na equipa leonina acabaram por não influenciar negativamente o seu rendimento, aquilo que se pensava ser a maior estabilidade psicológica dos jogadores encarnados não se viu durante todo o jogo e, em consequência de tudo isto, e mais coisas, o vencedor acabou por ser o Sporting.

Uma vitória dilatada e justa, perfeitamente adequada àquilo a que se assistiu ao longo de noventa minutos, e com todo o mérito da vitória dos leões dividido entre Rúben Amorim e todos os jogadores que utilizou no estádio vizinho, juntando-lhes os demais, que actuaram por fora, e assim reforçaram de forma superlativa a atitude competitiva da equipa.

Sabendo-se em desvantagem devido às ausências de Coates e de Palhinha, o técnico do Sporting teve engenho para construir a melhor estratégia susceptível de contrariar esse desiderato, e assim demonstrar ser capaz de ficar a anos-luz de distância do seu rival encarnado na concepção do jogo mais conveniente e da sua adaptação às circunstâncias.

Ou seja, utilizando aquela expressão tão frequente da “linguagem da bola”, Rúben Amorim deu um banho de bola ao seu veterano rival, que nunca deu a sensação de ser capaz de alterar o rumo dos acontecimentos que ficaram bem à vista logo a partir dos primeiros minutos.

Num plantel tão abundante e tão dispendioso, nenhum jogador mostrou capacidade para concretizar o favoritismo com que os benfiquistas entraram em campo.

Faltou a todos atitude e inteligência, qualidades que os leões configuraram de sobra, e que os levou a procurar com maior insistência a baliza contrária, mesmo não dispondo da condição de maior tempo de posse de bola.

Aquilo que aconteceu no estádio da Luz, e foi recebido com visível e audível desagrado pela sua imensa massa de adeptos, começa entretanto a deixar à vista consequências diversas.

Jorge Jesus vê a contestação subir de tom à sua volta, a sua permanência à frente da equipa começa a suscitar reforçadas dúvidas, o que os próximos jogos poderá atenuar ou aumentar, a começar já pelo próximo jogo da Champions e, sobretudo, os dois clássicos com o FC Porto, para a Taça e para o Campeonato, a disputar ainda neste mês de Dezembro.

Vai ser curioso seguir os próximos tempos nesta aldeia global, que nos podem trazer novidades, até aqui bastante longe de todas as conjecturas.

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