jn.pt - 16 mai. 17:51
Morreu de cancro o autarca de São Paulo que resistiu a Bolsonaro
Morreu de cancro o autarca de São Paulo que resistiu a Bolsonaro
O autarca da cidade brasileira de São Paulo, Bruno Covas, morreu neste domingo, aos 41 anos, vítima de cancro.
Bruno Covas tinha sido internado em estado grave no passado dia 3 de maio para tratamento de um cancro, segundo informou na altura o Hospital Sírio-Libanês. Diagnosticado no final de 2019, o autarca anunciara um dia antes que ia fazer um tratamento contra a doença.
"Nos últimos meses, a vida deu-me enormes desafios. Tenho procurado enfrentá-los com fé, cabeça erguida e com muita determinação", escreveu Covas numa nota divulgada na altura.
Neto de Mário Covas, ex-governador de São Paulo, Bruno Covas, de 41 anos, retomou as sessões de quimioterapia em fevereiro passado, e ficou novamente internado por vários dias devido a um nódulo encontrado no fígado, mas continuou no cargo.
Membro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Bruno Covas tornou-se prefeito da cidade de São Paulo em abril de 2018, ao substituir João Doria, que saiu do cargo e foi eleito governador do estado de São Paulo.
Defendia medidas restritivas
PUBEm junho do ano passado, Covas testou positivo para o novo coronavírus, doença que superou sem maiores problemas.
Defendia medidas de isolamento social contra a covid-19, pelo que foi criticado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que no ano passado remeteu a responsabilidade pelo aumento do número de casos e mortes causados pela covid-19 para os governadores e autarcas que decretaram medidas de isolamento social. "Essa fatura deve ser enviada aos governadores. Pergunte ao senhor João Doria [governador do estado de São Paulo], ao senhor Covas [autarca], porque é que eles adotaram medidas restritivas e as pessoas continuam a morrer", disse então.
A notícia da morte de Bruno Covas tem sido comentada e lamentada nas redes sociais por várias personalidades, como os antigos presidentes do Brasil Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.