expresso.pt - 19 set. 20:38
O calendário ‘infernal’ da crise: todas as datas críticas que vão marcar os próximos meses
O calendário ‘infernal’ da crise: todas as datas críticas que vão marcar os próximos meses
Medidas de resposta à pandemia começam a chegar ao fim. Esperam-se dificuldades para famílias e empresas
A crise económica e social provocada pela pandemia de covid-19 ainda está muito longe de terminar. A retoma da atividade permanece débil, o desemprego vai continuar a subir — e bastante — antes de começar a descer. Mas o que é certo é que os apoios extraordinários criados pelo Governo e outras entidades para ajudar famílias e empresas a enfrentar as dificuldades já estão a começar a chegar ao fim. Para se ter a noção de como as datas se cruzam e estão cada vez mais próximas, o Expresso compilou um calendário com os momentos mais críticos. São muitos os dias marcados a vermelho, a começar já este mês de setembro. Daqui até ao verão de 2021 terminam medidas como as moratórias públicas sobre o crédito hipotecário (como o crédito à habitação) e privadas para outro tipo de créditos (consumo e automóvel, por exemplo), bem como as moratórias sobre o pagamento dos prémios de seguro ou as que impedem o despejo de inquilinos que não paguem a renda. O fim das moratórias fiscais, bem como do adiamento e fracionamento do pagamento de contribuições sociais, é outro momento temido por empresários e trabalhadores independentes.
Também o fim dos apoios a trabalhadores independentes e das medidas que sucederam ao lay-off simplificado preocupa. Até porque neste último caso significa que as empresas podem voltar a despedir. Aliás, para as que tenham recorrido apenas ao lay-off simplificado essas restrições acabam já no final do verão. Depois de afundar em 2020, todas as projeções indicam que a economia portuguesa voltará a crescer no próximo ano entre 4,3% e 6,3%. Mas os primeiros meses de 2021 serão ainda de evolução modesta. Numa análise publicada esta semana, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico deixa um aviso claro para que não se repitam erros do passado: “A retirada prematura do apoio orçamental em 2021 iria sufocar o crescimento, como aconteceu após a crise financeira global em muitos países.”
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.