expresso.pt - 19 set. 11:46
Covid-19: Médicos recusam integrar brigadas rápidas dos lares
Covid-19: Médicos recusam integrar brigadas rápidas dos lares
Equipas SOS para idosos institucionalizados só preveem 20 clínicos para cuidados de rotina e nenhum está contratado. Criticam condições a menos e responsabilidade a mais
Anunciadas pelo Governo como o balão de oxigénio para a ‘asfixia’ nos lares depois dos surtos com dezenas de mortos por covid-19, as Brigadas de Intervenção Rápida não são, afinal, brigadas nem a sua atuação será de emergência médica. Na verdade, são equipas de pessoal para limpeza, higiene, alimentação e demais cuidados a quem é idoso e institucionalizado. Está previsto algum apoio em saúde, mas, para já, por enfermeiros e psicólogos, porque os médicos estão a recusar a proposta. Até agora não há qualquer contrato assinado e os poucos clínicos que se mostraram disponíveis só aceitam estar de chamada ao lar em caso de necessidade.
“Não tem sido fácil encontrar médicos para trabalhar nos lares, sobretudo no Interior. A alternativa tem sido o regime de prevenção, estar de chamada ao lar quando necessário, e em prestação de serviços”, explica Ricardo Garcia, diretor de operações da CVP. Mesmo pagando acima da tabela pública, os valores rondam os 50 euros por hora, os clínicos não aceitam a responsabilidade acrescida e a diminuída segurança. “A falta de condições também está a dificultar o recrutamento. Por exemplo, não existir um gabinete ventilado no lar.”
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