Comendador Marques de Correia - 19 set. 09:23
A política desumana, o excesso de Estado, a falta de sentido e coisas sem nexo aparente
A política desumana, o excesso de Estado, a falta de sentido e coisas sem nexo aparente
Não julguem que venho para aqui condenar o primeiro-ministro por pertencer à Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira. Não sou desses!
Em resposta a muitos pedidos vindos do estrangeiro, devo dizer que não tenho por missão criticar primeiros-ministros, menos ainda quando eles estão fragilizados pelos ataques que lhes são desferidos de dentro. Pelo contrário, o meu primeiro instinto foi defender o chefe do Governo de um tal senhor Toino Costa, peixeiro no mercado de Alvalade, que de forma vil e sem aviso o envolveu numa Comissão de Honra de um honrado cidadão que se candidata pela 535ª vez a presidente de uma instituição sem mácula: o Benfica! O primeiro-ministro resistiu heroicamente a esta imprudência, para a qual estava a ser arrastado pelo sôr Toino; pediu ajuda ao presidente da Câmara de Lisboa, seu amigo, mas este já tinha sido, também ele, arrastado por um Nando Medina, taxista nas horas vagas. O primeiro-ministro chegou a pedir socorro à mulher do Toino, ao filho do Toino, aos primos do Toino, mas nenhum deles lhe fez caso. Foi assim que, em menos de um ápice (e vá lá saber-se o que é um ápice), o senhor primeiro-ministro se viu envolvido na Comissão de Honra de um homem (e cito, com a devida vénia, uma candidata presidencial) já condenado por roubar um camião, em 1993, arguido na Operação Lex, juntamente com o juiz Rui Rangel, que é acusado de corrupção de juízes, envolvido nos casos Mala Ciao e E-Toupeira e titular de dívidas inexplicáveis ao Bobo Vanco, perdão, ao Novo Banco.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.