expresso.ptexpresso.pt - 19 set. 22:39

Chega. Militante do Porto denuncia “falta de transparência” e pede convocação de eleições em todas as distritais e concelhias

Chega. Militante do Porto denuncia “falta de transparência” e pede convocação de eleições em todas as distritais e concelhias

Uma das moções estratégicas apresentadas no primeiro dia da Convenção do Chega apela à convocação de eleições em todas as distritais e concelhias no prazo de 60 dias. Diogo Pacheco de Amorim, número dois, defende contudo que os elementos das concelhias devem ser nomeados nos próximos dois anos, uma vez que o partido é jovem e tem "combates difíceis" pela frente

Depois da queixa por alegada fraude eleitoral na distrital do Chega do Porto, em julho, apresentada ao conselho de jurisdição pelo candidato derrotado Rui Rocha, uma militante portuense denunciou este sábado na II Convenção do partido que alguns dirigentes tentam travar eleições nas distritais e concelhias.

Cristina Silva acusou esses dirigentes de autoritarismo e de "falta de transparência" e apelou à marcação e convocação de eleições em todas as distritais e concelhias com carácter de urgência no prazo de 60 dias.

"Isto é uma absoluta vergonha a que o nosso partido não se pode continuar a submeter. Só assim se acabará com a pouca transparência e as ligações pouco claras entre as distritais e concelhias", afirmou a militante durante a apresentação da sua moção estratégica, sob o forte aplauso dos congressistas.

Considerando que alguns dirigentes querem controlar as concelhias e que atuam a troco de "favores" para "alimentar egos", Cristina Silva insistiu que só com a convocação de eleições em todas as distritais e concelhias o partido conseguirá "implantação política", assim como alcançar os "resultados esperados" nas autárquicas.

Num discurso crítico, Cristina Silva alertou para a importância do direito ao voto e que o Chega, enquanto partido que critica o sistema, "não pode sob pretexto algum parecer menos democrático".

Vice-presidente apela à união do partido

O vice-presidente do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, disse respeitar essa posição mas defendeu que nos próximos dois anos os elementos das concelhias do partido devem ser nomeados, uma vez que o partido é jovem e tem desafios ambiciosos a curto e médio prazo.

"A minha posição pessoal é que o partido é muito novo, temos um ano. Será mais sábio nos próximos anos que as concelhias sejam nomeadas", sustentou Pacheco de Amorim.

O ideólogo do Chega aproveitou também a sua intervenção no primeiro dia do Congresso para apelar à união do partido, considerando que os militantes "devem focar-se exclusivamente no combate externo", um "combate difícil".

"É um combate contra o sistema, contra os partidos que representam a ponta de lança do sistema, nomeio aqui por exemplo o Bloco de Esquerda (BE). Não é fácil cumprir os objetivos a que o André se propôs. Vamos precisar de toda a vossa energia. É uma ambição grande, tem de ser cumprida", concluiu.

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