dinheirovivo.pt - 18 set. 21:04
Depois de uma chegada discreta, Oppo expande linha de produtos em Portugal
Depois de uma chegada discreta, Oppo expande linha de produtos em Portugal
Depois de uma chegada a Portugal em plena pandemia, a Oppo vai aumentar a gama de produtos em Portugal. Empresa quer 10% da quota de mercado.
Os produtos da marca chinesa começaram a ser vendidos em Portugal ainda no confinamento. Meses depois, Javier Palacios, diretor de marketing da Oppo para o mercado ibérico, levanta a ponta do véu sobre a estratégia da marca para Portugal. Apesar das condicionantes já conhecidas criadas pela pandemia, que obrigaram a alterações nos planos, o responsável de marketing revela que a receção do consumidor português ultrapassou as expectativas.
A empresa chegou a Portugal com uma equipa própria, não adotando a estratégia de revendedores e parceiros para testar o mercado. Javier Palacios indica que foi importante a criação de uma equipa local, que a Oppo pretende duplicar em breve. A meta de quota de mercado para 2021, quando completar um ano em Portugal, será “de 10%”, detalha num encontro com a imprensa portuguesa.
Por agora com quatro modelos de smartphones disponíveis no mercado, dois de entrada de gama e outros dois já num segmento de mercado médio-alto (o A91 e Find X Lite), nos próximos meses a empresa prepara-se para alargar o leque de produtos, com auriculares e smartwatches. Nos auriculares, a aposta recaí nos W11 e Enco Free, com os preços a arrancar nos 49 euros. Já nos smartwatches chegarão a Portugal os modelos W46 e W41.
Na próxima semana, a empresa arrancará com uma campanha multi-meios, que se prolongará no tempo, para mostrar ao consumidor quais os principais valores da marca. Javier Palacios refere que se tratará de uma campanha direcionada para Portugal, que chegará à televisão e também digital. Embora não revele valores do investimento feito nesta campanha, Javier Palacios explica que “é quase como se fosse um namoro.”
“Os fãs e os clientes têm de ser conquistados, é algo a longo prazo”. Pontos como o carregamento rápido dos equipamentos, conetividade ou “a tecnologia como forma de arte” serão alguns dos destaques desta campanha, que pretende cimentar a presença da marca por cá. A “relação poderosa com a Google” também será explorada.
“É uma declaração de interesses”, resume Javier Palacios, comentando a estratégia que a marca tem adotado na Europa, onde tem “mostrado a vontade de ficar” com parcerias a cinco anos com eventos desportivos, como os torneios de Wimbledon ou Roland Garros.
Europa obrigou a adaptação, mas mercado tem “oportunidade”
O responsável de marketing da Oppo recorda que a chegada ao mercado europeu, onde os consumidores preferem dispositivos numa faixa de preços média, obrigou a marca a readaptar a estratégia. Habituada ao mercado asiático, onde os consumidores privilegiam a tecnologia topo de gama, sem olhar tanto ao preço, o portefólio de produtos na Europa foi adaptado às preferências do consumidor.
Reconhecendo que as condicionantes de mercado de alguns concorrentes podem criar espaço a outras marcas “em todas as faixas de preços”, nomeadamente a recém-chegadas ao mercado nacional, a Oppo sublinha que “já estava interessada em Portugal independentemente” da situação de outras empresas. “Vamos lutar por um espaço mas sem perder o nosso ADN”, esclarece Javier Palacios, referindo que “a situação dos concorrentes está fora do nosso controlo”.
Recorde-se que, devido às ordens decretadas por Donald Trump e à guerra comercial entre EUA e China, a Huawei perdeu os serviços da Google no ano passado.