expresso.ptexpresso.pt - 22 abr. 11:04

EUA anunciam fim do tempo de exceção para as importações de petróleo iraniano - quem quebrar regra vai ser sancionado

EUA anunciam fim do tempo de exceção para as importações de petróleo iraniano - quem quebrar regra vai ser sancionado

“O objetivo desta política é colocar um custo - e alto - no comportamento beligerante do Irão e abordar o problema das constantes ameaças à paz impostas por este regime de uma forma mais severa”, disse ao jornal “The Washington Post” um membro da administração Trump próximo das negociações

O Departamento de Estado norte-americano vai anunciar esta segunda-feira que todos os países que, a 2 de maio, ainda continuem a importar petróleo ou produtos derivados ao Irão, vão sofrer sanções económicas por parte dos Estados Unidos. A notícia, do diário “The Washington Post” e da Reuters, diz que as ‘protelações’ do prazo (os chamados ‘waivers’, em inglês) para o fim das importações, que estavam em vigor para oito países, já chegaram ao fim e que agora, no total, há 23 países que desistiram totalmente de importar petróleo do Irão mediante pressão dos Estados Unidos.

“O objetivo desta política é colocar um custo - e alto - no comportamento beligerante do Irão e abordar o problema das constantes ameaças à paz impostas por este regime de uma forma mais severa”, disse ao “Post” um membro da administração Trump próximo das negociações.

Foi quase há um ano que Donald Trump anunciou que os Estados Unidos se iriam retirar do acordo assinado, em 2015, entre o Irão e os membros do Conselho de Segurança da ONU, que fixava o fim do programa nuclear do Irão em troca de levantamento de sanções por parte da comunidade internacional. No entender do Presidente norte-americano esse foi o “pior acordo de sempre” e possibilita ao Irão continuar a “financiar o terrorismo”. É preciso, por isso, “continuar a aplicar a pressão máxima” sobre o Irão - e é precisamente isso que o fim destas exceções pode vir a significar.

O problema é que os apertos não serão sentidos no Irão apenas - e mesmo no Irão não são as cúpulas religiosas que sofrem e sim os cidadãos cujo poder de compra decresce acentuadamente. A Índia, a China e a Coreia do Sul são três dos países mais dependentes de crude iraniano e estão em conversações constantes com os Estados Unidos sobre a questão até porque mesmo sem a confirmação oficial do fim do prazo de exceção, os preços do petróleo já dispararam na madrugada de segunda-feira.

Os Estados Unidos devem agora ficar ainda mais próximos da Arábia Saudita, o outro grande produtor de petróleo da zona. Na quinta-feira, Donald Trump falou ao telefone com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman sobre o assunto e sobre a necessidade de conter o terrorismo.

Durante abril as exportações iranianas estiveram, em média, abaixo de um milhão de barris por dia, de acordo com dados da Refinitiv Eikon e duas outras empresas que rastreiam as exportações e se recusaram a ser identificadas pela Reuters. Este número é inferior ao registado em março (1,1 milhões de barris por dia) e bastante mais reduzido do que os 2,5 milhões registados antes de as sanções ao Irão voltarem a entrar em vigor, o que aconteceu em maio de 2018.

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