publico.pt - 22 abr. 12:13
Novo líder dos Guardas da Revolução é o general Salami, que ameaçou “eliminar” Israel
Novo líder dos Guardas da Revolução é o general Salami, que ameaçou “eliminar” Israel
General Hossein Salami substitui Mohammad Ali Jafari no cargo, depois de os EUA terem desginado a força de elite do Irão como uma organização terorrista.
Duas semanas depois de os Estados Unidos terem incluído os Guardas da Revolução do Irão na sua lista de organizações terroristas, o líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, substituiu o responsável máximo da poderosa força de elite do seu país. Para o lugar de Mohammad Ali Jafari entra o general Hossein Salami, conhecido por ameaçar “eliminar do mapa político o regime sionista de Israel”.
A informação foi avançada pela televisão estatal do país, sem apresentar uma justificação para a mudança. Mohammad Ali Jafari era o comandante dos Guardas da Revolução desde 2007.
A entrada de Hossein Salami segue-se à designação dos Guardas da Revolução como uma organização terrorista pelos EUA, no dia 8 de Abril. A decisão entrou em vigor há uma semana.
Os críticos dessa decisão do Presidente Donald Trump dizem que os EUA ficariam expostos à retaliação do Irão e dos seus aliados, e que as forças armadas norte-americanas poderiam vir a ser designadas como uma organização terrorista. E foi isso mesmo que aconteceu – dias depois do anúncio dos Estados Unidos, o Irão designou o Comando Central dos EUA como uma organização terrorista e a Administração norte-americana como patrocinadora do terrorismo.
Na semana passada, o novo responsável pelos Guardas da Revolução disse que recebeu a decisão dos Estados Unidos com “orgulho”. E, em Janeiro, ainda como vice-comandante, disse que a estratégia do Irão é “eliminar do mapa político o regime sionista de Israel”.
Os Guardas da Revolução são uma organização criada pelo aytollah Ruhollah Khomeini em 1979, durante a revolução islâmica no país. É mais do que uma força militar: é também um império industrial, com muita influência política e leal ao supremo líder.
Tem 125 mil soldados, distribuídos por unidades do exército, marinha e força aérea, e controla três áreas vitais: a força paramilitar voluntária religiosa Basij; o programa de mísseis; e as brigadas Al-Quds, que operam no estrangeiro.