observador.pt - 20 jan. 23:10
EUA vão sair do Médio Oriente? “De maneira nenhuma”, diz Mike Pompeo
EUA vão sair do Médio Oriente? “De maneira nenhuma”, diz Mike Pompeo
Secretário de Estado dos EUA diz que retirada de tropas da Síria não significa que norte-americanos queiram deixar de ter presença no Médio Oriente. "Somos uma força do bem", afirma.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, assegurou este domingo que “de maneira nenhuma” o país vai deixar o Médio Oriente, apesar da anunciada retirada das tropas norte-americanas da Síria.
“Não, de maneira nenhuma. Somos uma força do bem. A ideia de irmos embora, francamente, não é o que a Administração de [Donald] Trump pretende fazer. Isto é para proteger os norte-americanos e faremos o que for necessário para protegê-los”, afirmou Mike Pompeo numa entrevista ao Sinclair Broadcast Group, citada pela agência EFE.
Pompeo respondeu desta maneira quando questionado sobre se os Estados Unidos vão abandonar o Médio Oriente, depois de, no mês passado, Donald Trump ter anunciado a retirada das tropas norte-americanas da Síria, após proclamar a derrota do grupo extremista Estado Islâmico.
Na entrevista, o chefe da diplomacia norte-americana considerou que essa decisão é uma mudança “tática” e assegurou que não afetará o resto das forças destacadas noutras zonas do Médio Oriente. “Ainda temos um grande alcance lá. Temos a capacidade de fazer isto e, o mais importante, temos a indicação do nosso comandante, o Presidente Trump, de continuar com esta luta”, afirmou.
Nesse sentido, Mike Pompeo disse que os Estados Unidos estão “a sério” na luta contra o Estado Islâmico na Síria: “Temos forças na região que irão continuar a atacar o Estado Islâmico na própria Síria, mas também da zona ocidental do Iraque, como deve ser. Em todo o mundo, esta Administração está empenhada em acabar com esta ameaça do terrorismo”.
Desde setembro de 2014, meses depois do Estado Islâmico ter proclamado o califado na Síria e no Iraque, os Estados Unidos participam em operações na Síria, encabeçando a coligação internacional contra os extremistas.