expresso.sapo.ptexpresso.sapo.pt - 24 set. 20:52

Venezuela acusa Colômbia, Chile e México de envolvimento no atentado contra Maduro

Venezuela acusa Colômbia, Chile e México de envolvimento no atentado contra Maduro

Declarações de um dos envolvidos no atentado frustrado, Henrybert Rivas, também conhecido como 'Morfeó', detido no sábado pelas autoridades venezuelanas, apontam para uma alegada “cumplicidade” daquelas embaixadas, acusa Caracas

A Venezuela acusou as embaixadas da Colômbia, Chile e México, de estarem envolvidas na tentativa de atentado de 4 de agosto último contra o Presidente da Venezuela, uma acusação que os governos daqueles países latino-americanos negam. Segundo o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, as declarações de um dos envolvidos no atentado, frustrado, Henrybert Rivas, também conhecido como 'Morfeó', detido sábado pelas autoridades venezuelanas, apontam para uma alegada "cumplicidade" daquelas embaixadas.

"As suas declarações envolvem os Governos da Colômbia, do México e do Chile, pelo que as embaixadas daqueles países devem esclarecer uma eventual participação em apoio aos terroristas que perpetraram o frustrado magnicídio", disse Jorge Rodríguez, numa conferência de imprensa em Caracas.
Entretanto, os Governos do Chile, da Colômbia e México condenaram as acusações. O Chile chamou o embaixador venezuelano e emitiu um comunicado instando Caracas a "atuar com responsabilidade e prudência e a retirar as suas caluniosas insinuações" contra aquele país.

"Chamamos o Governo da Venezuela a solucionar, através do diálogo e das negociações, a tragédia a que tem submergido o seu país e o seu povo e que tem criado a maior migração de desesperados cidadãos em toda a história do hemisfério", afirma o comunicado. Por outro lado o México condenou as "infundadas acusações" e anunciou que "continuará realizando esforços diplomáticos para contribuir a uma solução pacífica e definida pelos próprios venezuelanos, a grave crise" na Venezuela.
Também a Colômbia condenou "categoricamente" as acusações de alegado envolvimento de diplomatas venezuelanos no falido atentado.

"Na atual conjunta que vive a Venezuela, a embaixada da Colômbia e os 15 consulados acreditados nesse país irmão, não tem outro interesse distinto que o de trabalhar coordenadamente pela assistência e proteção dos nossos conterrâneos", explica um comunicado do Ministério de Relações Exteriores colombiano.
Caracas já respondeu às explicações e acusou a Colômbia, o Chile e o México de "em vez de esclarecer as circunstâncias" tenderem a "vitimizar-se e a responder com expressões destemperadas, fora de toda moderação diplomática".

"O Governo da Venezuela esperava uma coerente e transparente colaboração internacional, destes países, a fim de conduzir as necessárias investigações das instituições sobre as evidências recolhidas em declarações, com o propósito de esclarecer os factos", afirma. Em comunicado, Caracas sublinha que "a reação de negação 'a priori' observada nos Governos da Colômbia, Chile e México parece mais um salto em frente, cuja análise elementar leva a pré-figurar total desinteresse para com qualquer investigação objetiva, com o propósito de ocultar vínculos e responsabilidades".

A 4 de agosto, duas explosões - que as autoridades dizem terem sido provocadas por dois drones - obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

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