rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 2 abr. 11:50

Papa Francisco: "Rejeitados e excluídos são ícones vivos de Cristo"

Papa Francisco: "Rejeitados e excluídos são ícones vivos de Cristo"

Neste Domingo de Ramos, o Papa recorda os "muitos Cristos abandonados", como "crianças por nascer, idosos deixados sozinhos (que podem ser o teu pai, a tua mãe, ou o avô e avó), doentes não visitados".

"Cristo, abandonado, impele-nos a procurá-Lo e a amá-Lo nos abandonados”, disse este domingo o Papa Francisco durante a homilia da Missa dos Ramos.

Ao refletir sobre o Evangelho da paixão e morte de Cristo, Francisco recordou a estranheza que causa o sofrimento de Jesus abandonado até à morte, acrescentando que o sem-abrigo que, há umas semanas, morreu sozinho junto à colunata da Praça de São Pedro, era um “entre tantos Cristos abandonados”.

O Santo Padre lamentou que haja “povos inteiros explorados e deixados à própria sorte; pobres que vivem nas encruzilhadas das nossas estradas e cujo olhar não temos a coragem de fixar; migrantes, que já não são rostos, mas números; reclusos rejeitados, pessoas catalogadas como problemas”.

E também “muitos Cristos abandonados invisíveis, escondidos, que são descartados de forma 'elegante': crianças por nascer, idosos deixados sozinhos (que podem ser o teu pai, a tua mãe, ou o avô e avó), doentes não visitados, pessoas portadoras de deficiência ignoradas, jovens que sentem dentro um grande vazio sem que ninguém escute verdadeiramente o seu grito de dor”.

Neste Domingo de Ramos, um dia depois de receber alta hospitalar, Francisco sublinhou que “Jesus abandonado pede-nos para ter olhos e coração para os abandonados”.

E porque “as pessoas rejeitadas e excluídas são ícones vivos de Cristo”, implorou a graça de Deus para que “a sua voz não se perca no silêncio ensurdecedor da indiferença”.

Francisco participou na celebração desde o início da procissão dos ramos e presidiu à missa, sentado numa cadeirão junto ao altar, na Praça de São Pedro. O celebrante foi o cardeal Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio Cardinalício.

No final da missa, que juntou 60 mil pessoas na Praça de S. Pedro, o Papa rezou o Angelus e dirigiu uma bênção especial à Caravana da Paz que nestes dias partiu da Itália para a Ucrânia, com ajudas e bens de primeira necessidade.

A iniciativa juntou várias associações católicas com o objetivo de fazer chegar aos ucranianos a proximidade do povo italiano e “que hoje oferecem ramos de oliveira, símbolo da paz de Cristo”, afirmou Francisco.

“Unamo-nos a este gesto com a oração, que será mais intensa nos dias da Semana Santa”, concluiu.

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