expresso.ptexpresso.pt - 1 abr. 16:40

Zona Euro regista ganhos de 15,3% nas bolsas desde início do ano

Zona Euro regista ganhos de 15,3% nas bolsas desde início do ano

O índice bolsista para a zona euro registou o melhor desempenho mundial no primeiro trimestre de 2023. Subiu 15,3% entre janeiro e março, mais do dobro dos ganhos em Nova Iorque e três vezes mais do que as subidas nas bolsas chinesas. A bolsa de Lisboa ganhou 5,5% desde início do ano
Crise bancária não empurrou março para o vermelho

Apesar do colapso de bancos médios norte-americanos e do afundamento do Crédit Suisse na Europa, março acabou por registar ganhos à escala mundial de 2,8% e bons desempenhos em Nova Iorque (3,4%) e no conjunto das praças da Ásia-Pacífico (2,6%), segundo os índices MSCI.

Na América Latina e na Europa o desempenho foi mais fraco. Em Frankfurt, o índice Dax subiu 1,7%, liderando os ganhos na Europa. Em Lisboa, o PSI registou uma perda muito ligeira.. As praças de Atenas, Budapeste e Viena registaram as maiores quebras. Na Turquia, o índice Bist 100 de Istambul perdeu 8,5% quase tanto como o índice ATX de Viena de Áustria.

O mês ficou marcado pela minicrise bancária nos Estados Unidos e pela aquisição do Crédit Suisse pela UBS na Suíça. À escala mundial, as sessões de 7 a 17 de março registaram um acumulado de perdas de 4%. Em Lisboa, as piores sessões ocorreram a 13, 15 e 17 de março, com quebras acima de 2%. Em Nova Iorque, o índice S&P 500 recuou 4,8% entre 7 e 13 de março e o Nasdaq (das tecnológicas) perdeu também perto de 5% entre 6 e 10 de março.

Apesar da recuperação posterior, março foi abalado pela quebra de capitalização dos bancos na Europa, onde o efeito do colapso do Crédit Suisse foi substancial. Um grupo de 22 bancos europeus, integrantes do índice Eurostoxx 600 (seiscentas cotadas de várias dimensões em 17 praças europeias), registou quebras acima de 10%. O Sabadel espanhol e a Société Générale francesa lideraram o vermelho no sector bancário, com perdas de 23%. Em Lisboa, o BCP recuou 6,9%, ficando fora daquele ‘clube’ de descidas. Quatro dos grandes bancos que integram as 50 maiores cotadas da zona euro registaram perdas acima de 10%: ING holandês, BNP Paribas francês, BBVA e Santander espanhóis. Em Zurique, a cotação do Crédit Suisse afundou-se 71% e a do próprio UBS, que o adquiriu, perdeu 6,7%.

Na bolsa nova-iorquina, o grande castigado foi o First Republic Bank que registou uma quebra de 88% em março, e que acabaria por ser resgatado por um grupo de grandes bancos norte-americanos (entre eles, JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup) com uma infusão de 30 mil milhões de dólares (€28 mil milhões). O segundo colapso em Wall Street foi da Zions Bancorporation, uma holding bancária sediada em Salt Lake City, Utah, que perdeu 39% em março.

Os investidores varreram os episódios de crise financeira bancária nas duas semanas negras de março para debaixo do tapete, mas Kristalina Georgieva, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, disse num Fórum em Pequim que a “incerteza é elevada" no próprio sector financeiro, onde os “riscos aumentaram”. “Estejam vigilantes”, avisou a búlgara, que, a 11 de abril, vai divulgar as novas previsões económicas do Fundo.

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