jornaleconomico.ptjornaleconomico.pt - 29 nov. 18:08

Italiano que invadiu o Portugal-Uruguai já foi libertado

Italiano que invadiu o Portugal-Uruguai já foi libertado

Mario Ferri já tinha usado o campeonato do mundo do Brasil para denunciar a pobreza em que viviam milhares de crianças brasileiras. O executivo italiano diz que não haverá qualquer consequência.

O homem que vestia uma camisola onde se lia ‘Salvem a Ucrânia’ e ‘Respeito pelas mulheres iranianas’ e exibia uma bandeira com o arco-íris – símbolo da luta LGBT+ – e que correu pelo campo de futebol onde se realizava uma partida do campeonato do mundo entre Portugal e o Uruguai, foi preso na altura e entretanto já foi libertado.

Segundo as agências internacionais, Mario Ferri, assim se chama, foi libertado após uma breve detenção, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Itália.

Ferri correu pelo campo de futebol cerca de 30 segundos, antes de ser derrubado e escoltado por seguranças da organização. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros juntamente com a embaixada italiana em Doha acompanhou o caso após a invasão do campo”, afirmou em comunicado o executivo italiano. “Após uma breve detenção, foi liberado pelas autoridades sem maiores consequências”, dizia o comunicado.

Segundo as agências internacionais, Ferri já realizou protestos semelhantes antes, inclusivamente no campeonato do mundo de 2014 no Brasil, onde levou a questão das crianças que vivem na pobreza  –com o acrescento de uma frase de apoio a Ciro Gomes, político do centro-esquerda que foi um dos candidatos à presidência do Brasil nas últimas eleições (entre muitas outras). Na sua conta no Instagram, Ferri postou imagens de dentro do Estádio Lusail, em Doha, onde aconteceu a invasão. O incidente foi exibido apenas brevemente na televisão, e teria mesmo passado despercebido se não se desse o facto de o árbitro, um iraniano, ter decido pegar na bandeira arco-íris para a entregar a um segurança.

“Sabemos o que aconteceu neste campeonato do Mundo… É uma coisa normal”, disse o jogador português Ruben Neves após a partida.

Foi apenas mais um incidente dos vários que têm marcado esta edição do campeonato do mundo. Antes desta perigosa invasão de campo – pelo menos do ponto de vista do Qatar – os capitães de sete equipas europeias planearam usar braçadeiras antidiscriminação com o arco-íris durante o torneio como parte de uma campanha pela diversidade. Mas tiveram de recuar perante a ameaça de ação disciplinar da FIFA, o órgão regulador do futebol.

A Fifa mantém que não impede ninguém de entrar nos estádios com bandeiras ou roupa com as cores do arco-íris, mas, segundo várias reportagens, alguns adeptos terão sido instruídos a abandonarem bandeiras e roupa conotada com qualquer ato de protesto. O mesmo aconteceu aliás em Portugal, a quando da realização do último jogo de preparação para o mundial – altura em que os seguranças recusaram a entrada (mesmo aos portadores de bilhete) aos adeptos que usassem uma camisola da Amnistia Internacional que pretendia denunciar o atropelo aos direitos humanos no Qatar.

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