Observador - 27 nov. 00:18
Um Estado falhado
Um Estado falhado
Um orçamento que fortalece o Estado e enfraquece o país e os cidadãos. Um Estado que reduz Portugal a um destino de fundos europeus que os governantes distribuem enquanto o país empobrece.
Perante o empobrecimento generalizado do país quando comparado com outros Estados da União Europeia, foi aprovado o orçamento para 2023 que se foca na distribuição de dinheiros e serviços sem que se ponha em causa a sustentabilidade financeira do Estado. Há primeira vista o feito é excelente e muitos socialistas até acham que com esta fórmula de ‘contas certas’ a direita ficou sem discurso.
Foi preciso uma quase bancarrota do Estado em 2011 para que o PS finalmente desse atenção a algumas noções básicas de finanças públicas. O quase desastre de 2011 ajudou ainda a que o PS percebesse que para os portugueses continuarem a depender do Estado, esse mesmo Estado não podia falir. Vai daí os socialistas apresentam este orçamento como mais uma conquista quando não passa de uma derrota para o país.
Nos últimos anos Portugal foi constantemente ultrapassado por países de leste em PIB per capita. Começou com a Eslovénia, seguiu-se a República Checa, a Eslováquia, a Lituânia, a Estónia e por fim, já em 2021, a Polónia e a Hungria. Se há 20 anos Portugal se encontrava em 15º lugar entre os 27 da UE, em 2021 ocupa a 21ª posição. É preciso que tenhamos consciência que quando António Costa se congratula com a sua governação são estes os dados que existem e que representam o que os portugueses vivem de verdade.
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